tag:blogger.com,1999:blog-12325953245216981942024-03-13T15:31:39.393+00:00migasspathtozenMigashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.comBlogger59125tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-2981086878487009882020-04-16T12:45:00.000+01:002020-04-16T12:45:05.674+01:0030 voltas ao SolPor aqui já não ando amiúde, ou, devo dizer, aflora-me muito poucas vezes na consciência.<br />
Sinto que mudei tanto e que a vida desenrola-se naturalmente sem ter tempo para grandes meditações. Ou talvez tenha preferido mudar o <i>modus operandi </i> dessas meditações e faço-as acompanhado, em voz alta, pois deixei de precisar deste cantinho para expressar-me livremente.<br />
Completei 30 anos há dois dias e parei para pensar; porque estou tão tranquilo.<br />
A mente humana é deveras fascinante. O que antes era uma tempestade, agora são águas calmas.<br />
Chego aos 30 em plena consolidação pessoal, a quase todos os níveis.<br />
Tenho a sorte de ter uma parceira que me aceita como sou e a quem quero muito.<br />
Tenho a sorte de ter um trabalho de que gosto e que me permite desenvolver muitas capacidades.<br />
Tenho melhorado a minha disciplina e os meus hábitos.<br />
Estou na melhor forma da minha vida devido à rotina implementada nos últimos 6 meses.<br />
Tenho continuado a investir no desenvolvimento pessoal.<br />
E a lista podia continuar, mas sou mais pragmático do que antes, e também o é a minha escrita.<br />
Objectivos para esta década serão:<br />
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1 - Aumentar as poupanças tendo em vista projectos futuros. Com a situação actual devido à pandemia do vírus COvid19, esta intenção será reforçada em quase todas as famílias. No entanto, este desejo já é anterior a este verdadeiro "Cisne Negro" do ano 2020. Poupar mais vai servir para subsidiar obras nalgumas casas que possivelmente serão transformadas em fonte de rendimento mais tarde. Poupar também possibilita manter mais opções em aberto. Também tenho o desejo de não ter de trabalhar até à idade da reforma e de poder escapar à engrenagem do mundo moderno, ou seja, usar o sistema em meu proveito e não ser um escravo do sistema.<br />
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2 - continuar a aperfeiçoar as rotinas saudáveis que tenho implementado ao longo dos anos. Com a prática do Movimento e o alto volume diário, este ponto tem-se tornado cada vez mais acessível. A alimentação sempre foi o aspecto mais fácil de controlar, e o sono é o pilar que ainda carece de algum trabalho. Meditação é uma prática que já está implementada, assim como os duches frios.<br />
<br />
3 - Não passar o meu tempo com pessoas que não me tratem bem. Esta foi e é provavemente a que mais tem mudado ultimamente. Estamos programados como seres humanos para agradar e, como pessoa com contextos múltiplos onde me encaixar em todas as etapas da vida, foi sempre algo que apareceu naturalmente, juntamente com a capacidade teatral, o auto-boicote, conseguir dizer não e definir os meus limites. Neste momento, sei que vou continuar a conhecer pessoas nesta vida, por isso não tenho de aceitar se não me acrescentar algo. Citando um post muito conhecido <a href="https://sivers.org/hellyeah">https://sivers.org/hellyeah</a> ou é um SIM alto e bom som ou então não. É uma intenção e um esforço que é desenvolvido diariamente.<br />
<br />
4 - Ser bom para as pessoas que são importantes para mim. Penso que tenho também melhorado neste aspecto, sendo que as pessoas que nos são queridas tendem a ser seleccionadas ao longo das várias etapas. Nesta década, costumam haver grandes perdas familiares por um lado (avós e por vezes pais), mas também há oportunidade de gerar novas vidas e famílias. Saber quem são os meus, cuidar deles da melhor forma possível e alinhar essas pessoas com os meus objectivos de vida são as grandes linhas.<br />
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5 - Focar nas coisas que fazemos bem e que produzem resultados. Aos 30 anos, ainda tenho alguma dificuldade para responder a isto. Neste momento, sei que consigo explicar exercícios de forma correcta a outras pessoas. Também costumo ter jeito para falar com os outros e explicar conceitos no geral, ainda que dependa da língua falada. Sou organizado e metódico. Gosto de treinar, de ensinar/explicar coisas.<br />
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6 - Não ter medo de arriscar, ainda há tempo de recuperar o atraso. Sempre fui bastante conservador, apesar de o meu percurso não indiciar tal coisa, já que trabalhei em quatro países diferentes. As decisões sempre foram muito ponderadas e até para escolher casa fiz uma tabela no Excel...<br />
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6 -Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-2905504007079805442017-03-12T17:43:00.002+00:002017-03-12T17:43:46.492+00:00Uma recordação singularEsta semana dei por mim a navegar pela Internet, de volta a um fórum onde já não punha os pés há muito tempo. Incumbido de um sentido de missão invulgar, lá encontrei a leitura do mapa astral da qual tão boas memórias guardava. Quer por ter sido feita por uma perfeita desconhecida, quer por ter sido extremamente precisa e incisiva. Deixo aqui o resultado de tal exercício de análise astral "Dinâmico e entusiástico. Gostarás de seguir o teu caminho, ao teu ritmo. Possivelmente uma emotividade acentuada, oscilando entre um lado tímido e outro audacioso. Terás um forte sentido de instinto e protecção para com as pessoas. Não deves suportar que os outros interfiram nos teus planos, mas frequentemente sacrificarás muita coisa por bondade. Uma boa capacidade de análise e observação. A sexualidade será importante para o equilíbrio. A posição de Mercúrio indica que a mente não reagirá prontamente a ideias novas, mas uma vez que inicias um projecto, dificilmente desistirás. À partida irás preferir a experiência de vida, ao invés de contar com as experiências dos outros, ou aquilo que poderás aprender nos livros. No amor serás gentil, romântico e sensível, precisando de muito amor e ternura, no entanto talvez devido a uma sensibilidade excessiva, é bem possível que sejas muito vulnerável perante aquela a quem dedicas o teu amor. Boas capacidades artísticas, esta poderá ser uma boa via para canalizar a extrema sensibilidade. Esta posição de Vénus indica uma certa tendência para o auto-sacrifício e poderá haver uma certa atracção pelas pessoas infelizes e com problemas, que poderão ou não (consoante outros aspectos do teu mapa) aproveitar-se de ti nesse sentido. Sexualmente serás experimental e inovador. Simpático e sereno, deverás gostar muito de crianças e lidarás bem com dinheiro. Devido à posição de Saturno, possivelmente terás de lutar cedo na vida para alcançar sucesso, mas a dedicação existirá e com o tempo virá a confiança"Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-41133275489559422752017-02-11T22:20:00.000+00:002017-02-11T22:26:17.056+00:00um segundo ensaio em menos de um ano - engraçado como a história se repeteDepois da última mensagem um pouco mais apressada, esta já dispõe de um tempo adequada para ser redigida.<br />
A tónica desta publicação incide sobretudo na partilha do espaço e do tempo. A dificuldade inerente a cuidar do nosso eu quando estamos sempre acompanhados. A ausência de momentos a sós torna mais difícil a escuta da criança interior, ela que, normalmente, diz-nos para onde ir, ou, pelo menos, para onde não ir.<br />
Daí continuar a usar este espaço, agora num contexto ligeiramente diferente. Preciso de um sítio para reflectir, sem interferências, já que não vivo sozinho e tento estar com quem gosto de estar sempre que possível. Mas importa sim fazer uma instrospecção para me encontrar, saber quem sou e quem quero ser.<br />
Neste momento, sei que tenho alguns pontos fortes que quero continuar a desenvolver, como capacidades de comunicação de qualidade em seis línguas diferentes, capacidade de empatia superior ao normal, sentido superior de honestidade, compromisso e excelência a nível profissional, capacidade de olhar e maravilhar-me com as coisas do quotidiano como se fossem novidade, enorme capacidade de adaptação e um perfil rico em ideais e optimismo.<br />
A saúde física é um aspecto ao qual me interessa continuar ligado profissionalmente, assim como a componente mental. Talvez não seja alheio a isso o facto de sentir alguma fragilidade a nível físico da minha parte, e tentar trabalhar isso o mais possível.<br />
Gostava de estar sempre ligado a pessoas e até possivelmente ser líder de um projecto na área da saúde a nível transversal, algo que não propalasse soluções imediatas mas sim transformações graduais e duradouras na vida das pessoas, baseado também num regresso às origens enquanto ser humano e sobretudo numa desaceleração deste ritmo frenético que pauta os nossos dias.<br />
Para isso, tenho de melhorar alguns pontos fracos que tenho, como a necessidade de aprovação dos outros, ter ideias mais definidas, alargar o meu mundo em geral, não abdicar das minhas coisas em função dos outros, saber dar e saber receber e não ter medo do primeiro momento de algo diferente, entre outras coisas.<br />
Vou continuar a pensar no que quero para mim e vou orientar a minha vida para isso. Sem medos<br />
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PS - olho para a penúltima mensagem antes desta e lembro-me da situação que despoletou essa reflexão. É incrível como a vida é tão volátil e como o investimento no momento presente permite mudar tanta coisa, como foi o caso. Espero não esquecer-me deste ensinamentoMigashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-10745029498219414152017-02-04T11:29:00.000+00:002017-02-04T11:29:22.906+00:00a vivência em comunidadeCada vez mais tenho menos necessidade de vir aqui escrever. Necessidade, disponibilidade, disposição ou dispositivo, algum deles há de falhar. Não é importante o motivo, mas sim a consequência.<br />
Embrenhado no que é o ritmo frenético do dia-a-dia, do convívio com pessoas diversas e diferentes, é mais difícil ter um momento a sós com o meu lado introspectivo, que é tudo menos um lado lunar.<br />
Que diferenças existem desde há uns meses para cá. A vontade, oportunidade e necessidade de dividir e partilhar espaço e tempo com mais pessoas tem contribuído para estar menos soturno e melancólico, tendo sido uma mudança positiva. Sinto-me a crescer e naturalmente isso traz alguns efeitos secundários menos positivos, as típicas dores de crescimento.<br />
Tenho tentado ser disciplinado e meter o foco no dia-a-dia, ser agradecido pelo que aparece e aproveitar toda e qualquer experiência para aprender e crescer. Este estado mental obriga-me a um papel de observador que permanece suspenso ou afastado da realidade, deleitando-se com detalhes minuciosos e fazendo dos pormenores os aspectos mais importantes. A única certeza que tenho, como sempre, é a passagem do tempo ser inexorável e a existência efémera, mais do que nunca. Por isso gosto tanto da citação de Charles Chaplin que está no início do blog. Vai sempre servir de mote para um dia mais cinzento.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-22800483019296505952016-05-08T14:39:00.003+01:002016-05-08T14:39:50.876+01:00Sonhos, desejos, ambições, metas, objectivos - coerência, mediocridade/normalidade ou excentricidade?Ao longo da vida, existem momentos que nos projetam, de forma explosiva, contra a parede e obrigam à reflexão. Esses momentos dependem naturalmente da percepção individual e não podem ser avaliados de forma intrínseca.<br />
Completadas que estão 26 primaveras, continuo a fazer da reflexão um posto. Talvez não tanto como antes, mas, como já referi, bem mais rápido e eficaz, sobretudo na parte da transição para a aplicação na vida real. O momento já citado foi mais uma desilusão trazida pela interacção com o sexo oposto. Correcção: não pela interacção em si mesma, mas pelas expectativas que, sonhando e idealizando como sempre faço, acabam por ser geradas. Ou seja, a solução encontrada para esse desencontro de expectativas foi, mais uma vez, modelá-las na minha pessoa, resolvendo o problema de forma interna. O rio continua a correr para o mar.<br />
Talvez devido a esse pequeno momento, tenha identificado em mim uma resignação ou a ambição de obter algo que não depende, de todo, da minha pessoa. Dependerá de uma conjugação de factores não mensuráveis e ainda assim, com o meu perfil analítico como componente dominante, deixei-me levar por esse desejo. Desejo esse que advém da necessidade de ser amado e necessidade de companhia. Desejo esse que se tornou mais evidente devido à camuflagem de outros mais inspiradores. Ora foi precisamente este momento que permitiu aos desejos de segundo plano emergir e tomar as luzes da ribalta.<br />
26 anos, jovem, sozinho, o Mundo por descobrir. Por que esperas tu?<br />
Lancei um repto a mim mesmo. Está na altura de direccionar esforços para continuar a escrever o livro da minha vida. Vou começar a preparar dois mega projectos a partir do momento presente, algo que deverá ocupar a minha concentração.<br />
Daqui a 5 anos, deverei ter condições para realizar a primeira volta ao Mundo, assim como percorrer a América do Sul de lés a lés numa bicicleta. São capítulos que não podem ficar na gaveta, esperando eternamente. Não ter medo dos sonhos, vamos abraçá-los e dar pequenos passos todos os dias para a sua realização!Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-26752481971838444742016-04-09T11:22:00.005+01:002016-04-09T11:46:25.595+01:00Suíça, seis meses depois e quase ao virar dos 25Praticamente seis meses passaram desde que emigrei do cantinho lusitano. Não sendo a primeira experiência fora do país, é, sem dúvida, a mais longa. É possível considerar suficientemente longa para ter provocado mudanças profundas e significativas na personalidade, rotinas e objectivos de vida.<br />
É inquestionável o poder de uma mudança tão radical. De repente, sentimos que os nossos horizontes são desbravados como se tivéssemos uma lâmina de diamante. Com um só golpe, sem esforço. Esse aumento de possibilidades deixa-nos um pouco atordoados inicialmente, como aqueles dias em que ainda estamos na cama e alguém abre os estores, permitindo a entrada da luz solar matinal. Esse raio de luz encandeia num primeiro momento, mas permite a constatação da beleza natural à distância de um vidro.<br />
A mudança para um país cujo paradigma principal é a genuína e autêntica qualidade de vida, assim como o respeito pela pessoa, enquanto trabalhador e cidadão, acarreta certas benesses. A cultura do tempo livre ao fim-de-semana como algo imprescindível é contrastante com a cultura da exploração do empregado que prolifera em Portugal. A oferta que existe e a divulgação da mesma ajuda a atenuar um fim-de-semana enfadonho, se é que isso é possível. Por ser uma ilha no meio da Europa, é muito fácil deslocar-se até outros países fronteiriços, como França, Itália, Alemanha ou Áustria, opções inegavelmente interessantes para um fim-de-semana durante todo o ano, quer pela oferta, história, proximidade de acessos e baixo custo, em comparação com a Suíça.<br />
Nem tudo é um mar de rosas, obviamente. Há uma diversidade de impostos a pagar que não lembra a ninguém, como o imposto para a Igreja e o imposto para os media (rádio e televisão). Por outro lado, são impostos que pagamos também em território luso, ainda que estejam disfarçados no meio de outras contribuições municipais. O valor das rendas é muito alto, mas a qualidade das casas está de acordo com a exorbitância exigida. No entanto, com um bom planeamento e organização financeiros, tudo é possível e nem é difícil.<br />
Em relação aos locais, mantenho o que disse anteriormente. São pessoas mais distantes do que os portugueses, não existe a cultura de rua como nos países latinos, e acabamos por sentir falta disso, de uma forma ou de outra. Contudo, todas as pessoas são extremamente cordiais, sendo a boa educação algo transversal, havendo pontualmente uma ovelha negra aqui ou ali. Como em todos os países.<br />
Uma última nota, porventura a mais importante.<br />
Aqui sinto que cumpro os dois critérios que tendem a modelar a minha vida e as escolhas associadas.<br />
O primeiro critério prende-se com a extrapolação da perspectiva sobre a minha vida, ou seja, tento perceber se, a partir de um ponto de vista externo, estaria contente com o caminho tomado, sobretudo se isto fosse uma história/um livro e eu fosse o leitor. Em suma, se gosto muito ou não da história que eu próprio escrevo todos os dias...a minha história. O segundo critério relaciona-se com a melhoria da qualidade dessa história, numa perspectiva emocional, ainda que mantendo a segurança que me permita não abdicar do primeiro critério. Em suma, será que neste momento reúno as condições para poder partir atrás daquilo que sinto, de quem gosto, de um momento para o outro e não ficar limitado por circunstâncias ou vicissitudes banais? Este sim...será o sal da vida e o salto qualitativo da minha história, numa retrospectiva futura, penso eu de que...<br />
<br />Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-90651208773834577782016-04-09T10:00:00.000+01:002016-04-09T10:00:00.203+01:00Um encontro momentâneo, uma dança efémeraViver com outra pessoa torna-nos diferentes. Há um encontro de energias, hábitos, culturas e costumes, aos quais é impossível ficar indiferente. Somos obrigados a crescer, a deixar o nosso espaço, a nossa toca, o nosso ninho. O destino encarrega-se de definir a pessoa que nos cabe em sorte. No entanto, essa sorte afecta sobretudo a qualidade do nosso crescimento, empurrando-nos na direcção que pretendíamos, atirando-nos para o abismo ou desbravando caminhos desconhecidos.<br />
A cumplicidade adquirida nessa convivência é algo mágico. Não acaba invariavelmente numa relação, embora essa cumplicidade seja condição quase indispensável numa relação. Aí está a diferença...<br />
Quando vivemos de forma plenamente consciente, cada momento é uma oportunidade única de conhecermos um pouco mais da nossa pessoa, da outra pessoa e do ambiente em redor. Há um efeito de simbiose muito interessante que permite elevar a experiência a outro nível, um nível no qual reconhecemos que o todo vale mais do que a soma das partes. Daí que seja algo mágico.<br />
Deixamos essa pessoa e voltamos à nossa solidão normal. Solidão por estar sozinho e não por estar só. A língua portuguesa não é suficientemente incisiva neste conceito... Voltamos a estar sozinhos e sabemos que já não somos os mesmos. A nossa plasticidade revela-se nas rotinas e gestos quotidianos, que, outrora familiares, agora parecem distintos. Encontramos o nosso novo Eu, a nossa nova rotina, mais uns passos na estrada deste caminho empedrado a que chamamos vida...Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-52268213186156585572015-12-08T09:28:00.000+00:002015-12-08T09:28:11.714+00:00Voando sobre os AlpesIniciei um novo capítulo da minha vida há cerca de sete semanas. A mudança para a Suíça.<br />
Mais uma vez, a vertigem e a atracção fatal de mudar de ambiente, ganhar outras perspectivas e proporcionar experiências de enriquecimento pessoal, a todos os níveis. A sensação de estar cada vez mais apto e preparado para as situações confere uma auto-confiança à qual é quase impossível não ganhar apreço.<br />
O facto de ser um país fora da União Europeia muda o cariz das burocracias. Há muito mais despesas fixas (a obsessão pelos seguros é, de facto, incrível), mas há um salário digno para fazer face a essas despesas. Sobretudo, tenho a sensação de que as coisas funcionam mesmo neste país, o que é algo completamente distinto em relação a Portugal, onde quem quer fazer ou tratar de algo tem sempre inúmeros obstáculos legais e logísticos.<br />
Ao cabo destas semanas, posso fazer um balanço imensamente positivo. Já estou praticamente adaptado, sem oscilações de humor, contente com o país e com as pessoas. Não estou desiludido ou arrependido.<br />
Há várias coisas que me atraem sobremaneira neste território: a diversidade de línguas e culturas é notável (num dia normal de trabalho falo três dos cinco idiomas em que sou versado), a beleza natural da paisagem é inegável, as pessoas são extremamente bem-educadas, estou rodeado de outros países magníficos, há uma enorme cultura de desporto e actividade física e sobretudo, na empresa onde estou, valoriza-se muito a pessoa/empregado. Isso é extremamente importante.<br />
Há outras coisas que não me atraem tanto, mas são sobretudo aspectos inerentes a um povo de um país frio e sujeito a intempéries frequentes. Pessoalmente, acho que fiz muito bem e estou extremamente surpreendido com a minha adaptação. Veremos os próximos desenvolvimentos.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-32981179787559419212015-09-24T20:30:00.000+01:002015-09-24T20:30:02.029+01:00Quebra de páginaPara mim é sempre difícil escrever aqui sem passear os olhos pela produção escrita de outrora, constituinte e componente de entradas mais antigas. Reforça a ideia de consolidação de um perfil de auto-análise e reflexão profundos, com preservação da essência da pessoa simples. Não tem sido fácil, mas é um percurso pessoal que me traz serenidade e alegria de viver.<br />
Escrevo sediado em Barcelona, cidade maravilhosa que me faz recordar Lisboa e Porto em simultâneo. Serve de poiso para mais uma etapa de transição na minha vida.<br />
Neste último ano, tive o privilégio de viver entre Lisboa e Barcelona, duas magníficas metrópoles europeias. Esta constante oscilação deveu-se à realização de um mestrado que agora termina, de forma bem sucedida. No entanto, não satisfeito com os contornos da situação, decido embarcar verdadeiramente num projecto internacional, que me tirará de território português de forma praticamente definitiva. Foi necessária uma reflexão profunda, embora carecendo de excessiva complexidade. Não foi preciso muito para perceber o que influencia profundamente o meu bem-estar, assim como a felicidade a longo prazo.. É, no fundo, tão evidente e tão simples que a sua formulação parecia algo subentendido, embora nunca objectivado.<br />
Em breve poderei conjugar o trabalho na área que adoro (fisioterapia do desporto, biomecânica) com a prática de Aikido com padrões de qualidade elevados. Ter a oportunidade de trabalhar num país do centro da Europa, fora da UE, com elevados padrões de qualidade de vida e civismo. Decerto exigirá de mim a capacidade de criar novos laços de amizade numa terra de gente fria e distante.<br />
Para trás deixo um país maravilhoso, com muitos amigos fantásticos cuja visita será ansiosamente aguardada. A decisão não foi fácil, mas tornou-se evidente durante a meditação. Só é possível graças ao apoio incondicional da minha família, a quem muito devo e a quem não presto frequentemente o devido tributo.<br />
Por isso, aguardo com alguma expectativa e ansiedade o impacto que esta nova cultura vai ter na minha pessoa. O meu cuidado na preservação da essência será muito, porque essa é a minha mais-valia. Espero também que me traga mais estabilidade a nível pessoal e afectivo, aspecto muito delapidado nos últimos dois anos.<br />
Quero poder olhar para trás e sentir que o menino de 18 anos que aqui escreveu ficaria orgulhoso por ver o homem de 25 que agora preenche esta página. Namasté<br />
<br />Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-66544184373818548252014-11-16T23:59:00.001+00:002014-11-16T23:59:53.452+00:00Há alturas na vida em que, no meio de todo o frenesim, das diferentes multidões que nos rodeiam, nos sentimos sós. Essas alturas em que todo o entusiasmo que nos caracteriza, vai e desvanece-se. Toda a confiança que apresentamos, no quotidiano, abandona-nos e deixa-nos à mercê do ego e da consciência.<br />
Os fantasmas assaltam-nos, a dúvida assola e a questão permanece.<br />
Será que fiz bem? Bem ou mal, foi feito. Cada um seguiu a sua vida como pôde. Mas como estará o outro lado? Será que pensa o mesmo? Será que põe os "Se"s? Novos episódios no ano vindouro...Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-5776222788404944562014-10-31T13:48:00.001+00:002014-10-31T13:48:11.378+00:00Michael sweet MichaelFazer arrumações em casa dá nisto...descobri um texto escrito em Varsóvia, em 20/04/2012<br />
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"Depois de uma semana alucinante (mais uma vez com poucas horas de sono), o rumo dos acontecimentos deu uma reviravolta(...) não ando dado a reflexões, e muito menos a escrever. Acabo por sentir alguma falta disso, e a fluência das palavras ressente-se do mesmo. Embalado pelo suave deslize do comboio, agora tenho tempo para pensar, apesar do pouco espaço e ainda mais escasso oxigénio.<br />
Poderia dizer muito sobre a experiência de ERASMUS, mas tudo se resume a uma frase: O mundo é a minha casa. Sempre acreditei em tal, mas ver esta possibilidade/realidade, estendida e concretizada à minha frente, dá outra cor à minha perspectiva de vida, no presente e no futuro. O facto de ter visitado tantos países num espaço de tempo tão curto faz-me perceber que somos todos iguais. Muito mais parecidos do que pensamos. Daí ser mais fácil encarar, de ânimo leve, a possibilidade de viver em diversos países ao longo dos anos.<br />
O EVS...boa iniciativa. É um daqueles projectos nos quais penso, mas que vou sempre remetendo para o fundo da lista das prioridades. Sempre gostei de viajar, mas não sou o turista comum. Gosto de ficar mais tempo, tomar o pulso aos locais e às pessoas, para que a experiência não se resuma a um conjunto de fotografias, mas sim uma série de momentos de prazer sensorial, troca de experiências e encontro de pessoas surpreendentemente semelhantes. Em suma, viver e vivenciar o país/cidade. E a proposta de Florença (EVS) atrai-me. Poder conhecer de perto os ícones arquitectónicos do Renascimento, aprender uma língua fascinante e compreender a influência italiana no mundo artístico ao longo da História são os grandes chamarizes. Itália apaixona-me. Claro que a imagem é romântica...a imagem mediatizada e as experiências transmitidas por terceiros criaram este sentimento.Mas porque não...e já em 2013? (...) Esta experiência de ERASMUS tem-me permitido definir melhor as minhas prioridades, saber o que quero fazer, onde e como quero fazer, é algo muito mais presente agora. Estar enjoado de álcool e fast-food faz-me perceber que, quando acabar o curso, esta vida (má vida) acaba para mim. Claro que vou beber uns copos de vez em quando, não vou ser dogmático. Mas trabalhar e poupar para realizar os meus sonhos e/ou projectos que tenho escondidos no fim da lista das prioridades é o objectivo. Ser feliz passa por aí. É perseguir aquilo que realmente queremos e não o que os outros nos querem impôr. Daí que o objectivo para este Verão seja trabalhar para fazer €, ver uns concertos (Pat Metheny), tirar francês, fazer Lisboa-Algarve, treinar duro BH e Aikido e estar com aqueles de quem gosto. Se sobrar dinheiro, uma viagem...há várias hipóteses, lgoo se vê. O EVS talvez faça em 2014, para trabalhar um ano em França e consolidar a aprendizagem da língua."<br />
Os planos concretos que tinha não foram concretizados. Poucos dias depois deste texto, aconteceu algo que mudou a minha vida até hoje. Mas as prioridades foram mantidas e os sonhos perseguidos e concretizados. O caminho faz-se caminhandoMigashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-69095326447467534672014-08-26T13:23:00.002+01:002014-08-26T13:23:36.972+01:00Fim de um ano exigenteSento-me a escrever no dia de Portugal, país que me encanta, ainda que não reúna condições para aqui permanecer toda a vida.<br />
Aproxima-se um Verão e o fim de uma época de trabalho. Muito atribulada, permitiu-me concretizar alguns objectivos de poupança e crescimento profissional. O auto-conhecimento foi uma dimensão que também sofreu um bom upgrade neste ano. Vou em breve viajar pela Europa, à procura de um lugar ao sol (Texto escrito dia 10 de Junho)Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-88439752050605211842013-12-16T00:47:00.002+00:002013-12-16T00:47:16.756+00:00BalançoMais um ano a findar. Dou por mim numa fase nova.<br />
Uma fase na qual tenho o enorme privilégio de fazer o que gosto, e ser remunerado por isso, ainda que não da forma mais desejável ou merecedora. Esse facto tem o condão de poder transformar quase todos os dias de trabalho em dias positivos, dias que mereceram e merecerão figurar no calendário da minha existência. Pertencer ao grupo restrito de pessoas que se sentem realizadas pelo trabalho que fazem chega a ameaçar inibir-me de identificar insatisfações noutros domínios. Mas de facto assim é.<br />
Uma fase na qual tenho uma enorme dificuldade em manter laços de amizade, de forma presencial. Seja por alguns se afastarem geograficamente, outros afastam-se por circunstâncias dos seus enredos diários, mas na maioria dos casos sou eu. Deixei de ter disponibilidade real, porque trabalho num horário em que os outros têm a sua hora de descanso e/ou lazer. Deixei de ter disponibilidade relativa, porque ando com maior necessidade de descanso, menos meios para integrar expedições de grupo e menos vontade para a extroversão. Tem andado a surgir, de forma mais frequente, o meu Mr. Hyde, o meu eu mais tímido, mais discreto, mais tranquilo e genuíno. Tenho 23 anos, mas ando sem grande abertura para os divertimentos padronizados da minha idade - saídas à noite, alcóol à descrição, festas académicas e experiências gourmet. No entanto, sinto que não perdi a força de viver. Talvez esteja, de momento, com pouco discernimento em relação ao futuro. E isso leva-me a deixar de antecipar as decisões, perdendo assim oportunidades.<br />
Uma fase na qual tenho ignorado por completo a minha vida amorosa. Não tem existido absolutamente nada desde Julho. Nem sequer um estímulo. Acho que é suficientemente elucidativo.<br />
No fundo, uma fase diferente. O verdadeiro desafio está aqui e agora. Veremos como se porta o menino.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-40511075065075278032013-08-02T13:17:00.000+01:002013-08-02T13:17:12.209+01:00Pensando, existindo.Há quem diga que a flor da vida é entre os 20 e os 30, chegando mais cedo ou mais tarde, dependendo do conceito de cada um de realização pessoal. Transpira-se confiança, sabe o que se quer, conhecemo-nos melhor do que nunca e estamos prontos para enfrentar e ultrapassar a mais temida adversidade. É uma sensação extraordinária aquela que temos quando, e acontece uma vez na vida, ou às vezes nem isso, se dispõem diversas opções e oportunidades em cima da mesa e nós, na flor da vida, temos de escolher um rumo que definirá uma parte decisiva do nosso futuro.<br />
Que ansiedade e responsabilidade nesse momento. Chega a ser avassaladora a pespectiva do futuro e tudo o que poderá vir adiante, em função desta escolha. Pôr os dados em cima da mesa, parece-me óbvio. Analisar cuidadosamente cada opção é também natural e aconselhável. Na tomada de decisão, deve ser o mais simples possível, intuitiva, leve, como se já adivinhássemos o rumo a seguir. Se tal não acontecer, talvez não seja o momento ideal para essa decisão. Falta-nos essência, experiência, conhecimento sobre a nossa pessoa para poder decidir. Se assim é, o problema não estará na ausência de uma resposta correcta, mas sim na adequação e pertinência da pergunta. Saber perguntar é uma grande virtude!Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-11639322993596210462013-06-16T11:03:00.002+01:002013-06-16T11:03:41.177+01:00DançaUma expressão artística que vem de mãos dadas com a música. A suprema arte da leveza e da harmonia.<br />
O valor inestimável do movimento belo de um solitário, um pas de deux ou de um grupo coordenado. O intrincado desafio de deslindar uma história, conversa ou enredo através do movimento. No fundo, é algo que fazemos há milhares de anos, é uma linguagem ancestral, dos primórdios da vida, em que a fala assumiu, nos últimos milhares de anos na espécie humana, tal protagonismo que cada vez falamos mais e mexemo-nos menos!<br />
Mas o post é um elogio à arte e não uma crítica à inoperância.<br />
Sempre gostei de dança. De ver, sobretudo. Não há nada como reconhecer as nossas limitações e dar espaço aos outros para brilharem. Mas que brilhem com mérito!<br />
Seja mais intensa, como flamenco ou sapateado, ou suave como ballet, há sempre algo de inegavelmente apaixonante num corpo a interpretar uma música. E isso sempre me fascinará :)<br />
<br />Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-70739261007028983942013-06-16T10:42:00.001+01:002013-06-16T10:42:28.141+01:00O eclodir de uma bolha de sabãoApós um longo hiato na escrita, volto aqui de novo, ao meu canto, para me aninhar e deixar espalhar alguma tinta, de forma pouco aleatória, ao longo de uma folha de papel imaginária.<br />
Passaram já vários meses, desde a última vez que aqui me debrucei.<br />
Encontro-me a acabar uma experiência profissional muito intensa, desgastante, exaustiva. Tanto a nível pessoal como a nível profissional, foi um período doloroso de muito crescimento, responsabilidade e autonomia. Foi muito duro, reconheço. Mas saio daqui um Homem. Alguém (mais do que nunca) convicto das suas crenças, responsável pelos seus actos, capaz de gerar e gerir os seus proveitos, perfeitamente autónomo na sua vida quotidiana e com as prioridades bem estruturadas.<br />
Tanta solidão nos últimos meses permitiu um mergulho sobre mim mesmo, conhecer-me melhor do que nunca e saber do que sou capaz. Estando longe, é também possível observar e avaliar,de forma mais perspicaz, como são os outros, como se comportam, demorando-me um pouco mais no fino recorte de pormenores comportamentais que outrora estavam camuflados debaixo de uma claridade cintilante.<br />
Sei que, até este momento, fui uma pessoa cujo traço mais demarcado é a enorme paixão de viver. Viver cada momento ao máximo. O que é para fazer, é para fazer da melhor maneira possível, e menos não é aceitável. Porquê ficar pelo normal quando se pode ir mais além? Será que é assim tão exigente ou desconfortável dar mais de si mesmo? Se temos um coração que palpita dentro de nós, e temos esse dom maravilhoso que é poder viver e movimentar de forma independente, porque não tirar o máximo proveito disso? O normal não chega para mim. Não é satisfatório ficar na minha zona de conforto, e sentir que não cresci com alguma experiência. O tempo útil e activo é limitado, e perder tempo é perder brilho. E quem não gosta de brilhar? Seja no palco ou nos bastidores, toda a gente gosta de ser reconhecida por algo.<br />
Para mim, estas mini-considerações aplicam-se em qualquer dimensão das nossas vidas carregadas de azáfama. Seja a nível profissional ou relacional ou de lazer, não me satisfaço com uma prestação mediana da minha parte face aquilo que sou. Mas tudo isto se esbate em contornos difusos quando dois universos se intersectam, e não há contacto excepto um dos longos braços de um sistema de galáxias em comum. Será assim tão estranho amar ou querer amar? É certo que o amor não se molda aos nossos desejos mirabolantes, mas ele, hoje em dia, nasce ou cresce quando encontra condições favoráveis para tale e já pouco é o amor porque sim, porque se ama, quando isso seria condição mais que suficiente para reconhecer legitimidade a tal inebriado estado de espírito.<br />
" A good traveler has no fixed plans and is not intent on arriving", já dizia Lao Tzu. Olho para esta frase todos os dias, desde que vim de Erasmus. A vida e a felicidade são uma viagem e não um destino, e só mantendo a espontaneidade e a nossa idoneidade é que conseguiremos seguir essa abordagem tão simples, tão zen. A estrada tenho-a feito quase sempre sozinho, e o único período em que não a fiz sozinho foi pouco antes de um cruzamento. Encontro-me agora numa estrada secundária, de bom piso, convicto de que chegarei em breve a uma cidade, onde me possa reabastecer e confortarMigashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-54430052417147384212012-12-01T21:22:00.002+00:002012-12-01T21:22:27.953+00:00Mais um pequeno grande passoEste foi um ano de crescimento notável. É difícil medir a importância que este ano teve e terá no resto da minha vida.<br />
Terminei a minha licenciatura em Fisioterapia. Estou oficialmente habilitado a ajudar muitas pessoas, e vou dar o meu melhor para tal. É impossível saber o que se vai passar daqui para a frente, mas de algo estou certo: a Fisioterapia não será suficiente para me realizar. Será um passo importante, mas não me completa. Desta licenciatura, levo uma incrível mudança em mim próprio, com manutenção dos valores de origem, acompanhado do desabrochar da minha personalidade, com muito mais confiança. Mais um pequeno grande passo. Não sei onde a vida me leva, mas também não me preocupa. Venha de onde vier o vento, levarei a minha casca de noz a porto seguro. Quem sabe quem encontrarei pelo caminho para me ajudar a guiar a casca...cá estarei para esperar, ver, fazer e disfrutar :)Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-31981886529570380962012-12-01T13:02:00.002+00:002012-12-01T13:02:36.591+00:0012 países depois...Já há muito tempo que não coloco um post aqui...o motivo é simples.<br />
Durante 3 meses, estive num país algo distante, diferente, num quente-frio atraente e esgotante, que mudaria a minha vida por completo. Posso considerar hoje este período como o melhor da minha vida.<br />
Já há muito que não tinha tanto tempo para descansar, para relaxar, para aprender, divertir-me, trabalhar com um grupo tão coeso e simultaneamente distinto. Uma experiência inebriante pela forma como nos envolve e nunca mais nos abandona, abrindo os nossos horizontes e unificando-os como pessoas completas de um mundo globalizado.<br />
Guardo as mais belas memórias desses meses, tão presentes e tão longínquos. Apenas deixo uma ideia. Vivam a vida, vão lá fora, somos muito pequeninos e temos muito a aprender. Todos os dias. Cada vez mais. Mas não somos mais pequenos que os outros. Só se assim o quisermos. O Mundo é a nossa casa.<br />
Fiquem bemMigashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-87951394862416975462012-01-29T13:22:00.002+00:002012-01-29T13:22:42.388+00:00A mente do macacoDou por mim, sentado a escrever. Já há algum tempo que não parava de forma tão profunda.<br />
Eu, que durante tanto tempo primei pelo excesso de reflexão, foi evidente agora a ausência da mesma.<br />
Obrigado pelas críticas. Não subscrevo a frase tão típica e afirmativa "os elogios não me elevam e as críticas não me rebaixam", embora concorde em parte. O Homem é um animal social e, como tal, os elogios e as críticas fazem parte de um eco que a sociedade nos dá, em função da nossa performance em todos os sentidos. E, quer queiramos ou não, dependemos do nosso sucesso para sobreviver. Ponto final.<br />
Ainda assim, não podemos ser um barco à deriva. Há uma identidade, uma personalidade em cada um. E essa personalidade deve ser descoberta e exposta, para que seja possível ter um lugar ao sol. Porque a descoberta personalidade é o que vai realizar o indivíduo, assim como alcançar um carisma que arraste os outros.<br />
Foi disto que me esqueci nos últimos tempos.<br />
Preocupado em sobreviver, deixei de viver e descobrir de forma consciente. Porque o consciente e o inconsciente andam de mãos dadas e,neste caso, andavam de braços cruzados.<br />
Obrigado pelas críticas, porque me fazem voltar à essência e definir quem eu sou, e o que quero ser. Perceber quem sou e o que tenho andado a ser trouxe-me paz e maior assertividade.<br />
Não vivo para atribuir culpas, mas a nossa mente de macaco só nos prejudica. Coloca obstáculos que não existem, fantasias que não se realizam, mil e um cenários instantâneos, e nunca descansa. Meditar é o caminho para a liberdade.<br />
Um bem-haja à maninha.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-79589246064162436172012-01-11T14:14:00.002+00:002012-01-11T14:14:43.967+00:00ArigatoHoje é o dia mundial do obrigado. Ou melhor...do agradecimento, de preferência sem ser obrigado.<br />
Numa altura em que cada dia temos menos para nos alegrarmos, importa-me agradecer aos meus pais, por me terem criado, dado um mundo e suavizado alguns dos meus traços mais negativos; às minhas famílias, por me terem sempre recebido bem e ter sido acarinhado por muitas pessoas de muitas origens diferentes; aos meus amigos, sempre eles a darem-me confiança, moldando a minha maneira de estar, apontando-me os defeitos e elogiando as qualidades, propiciando momentos memoráveis e gargalhadas intermináveis, partilhando tristezas e agonias; aos meus inimigos, que, feitos por iniciativa própria, me instigam a ser mais e melhor, explorando as minhas fraquezas; às mulheres, por tornarem a vida pouco linear, cheia de lógicas escondidas e retorcidas, cativando sem cerimónias e fazendo mover o meu mundo; e à sorte, acreditando que é feita parcialmente por cada um de nós...mas também por algo que não sabemos o que é. Fizeram de mim a pessoa que sou, dando-me capacidades para triunfar na vida e ser feliz.<br />
Agradecido<br />
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<br />Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-13615246028480499272011-12-21T19:06:00.002+00:002011-12-21T19:06:56.201+00:00Volte-faceUm sorriso mordaz molda-me a expressão. É grande a satisfação que sinto, por sentir que a crise bate fundo! Insanidade mental?talvez...<div>
Todas as crises trazem grandes oportunidades. Esta não é excepção. Aproxima-se o Natal, e a situação obriga muitas famílias a transcenderem-se para conseguirem ter uma Consoada condigna. Este esforço traduz uma evidente reorganização das prioridades e dos valores vigentes...o que é de salutar!É quase impossível lembrar-me de um Natal em que as prendas não ocupassem o pedestal. Tal como disse uma escritora de um blog que sigo, as pessoas demoram-se nas lojas, fazendo sem pressa os percursos, avaliando e ponderando, deitando contas à vida e vendo por onde dá para passar a generosidade. A família assume verdadeiramente o protagonismo, como há largos tempos não se via! Desejos de saúde e de felicidade nunca foram tão sinceros, porque mais dinheiro ou prendas...bem, esses não são plausíveis nos dias de hoje.</div>
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Quero acreditar que as pessoas não pedem prendas porque também se aperceberam daquilo que têm à sua volta. Aqueles que estão connosco são as verdadeiras prendas e, mais do que qualquer outra coisa, são eles quem precisamos para que a nossa vida siga a navegar por águas mais tranquilas. Mais do que nunca, a união faz a força e a prova está no voluntariado, capacidade que muito admiro, e que mantém muita gente viva. Sinal que há motivos para ter esperança e acreditar num futuro mais risonho.</div>
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Esta crise tem o condão de invadir o espaço diário e pessoal de cada um. Talvez, por isso, seja esta a oportunidade para analisarmos bem o que somos, o que fazemos, como vivemos e para onde queremos ir. Porque este cantinho europeu onde estamos, não está seguramente num porto de abrigo.</div>Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-15580320745733570702011-10-05T22:46:00.002+01:002011-11-03T18:42:01.691+00:00FotografiaA palavra significa "escrita com luz". Mas é muito mais do que isso. É a arte de conjugar tudo num momento. Combina-se o brilho, a luz, o vento, as cores para obter um único momento, guardado para a eternidade. Mas eternidade é a distância que separa as velhinhas máquinas que davam um banho de magnésio das mais recentes, digitais com imagem tratada no segundo, na máquina ou no quadrado a que carinhosamente denominamos de computador. Por isto,dizer que a fotografia é a arte de conjugar tudo num momento não é muito fidedigno...já o foi!Adiante...<br />
É com alguma mágoa que vejo alguma falta de responsabilidade na fotografia. Caiu em estado de graça, tal como a música. Hoje em dia, toda a gente tira fotografias...a tudo!Até tiram 20 fotografias seguidas ao gato que está a dormir, se for preciso.<br />
Da minha experiência (do pequeno círculo de pessoas com quem me dou), ninguém tem a "preocupação"/consciência da responsabilidade de colocar mais uma imagem no Mundo. E custa-me ver que não há esta consciência, porque vivemos numa sociedade sôfrega e atulhada de imagens, filmes, música, publicidade...contribuir para esta avalanche não me parece que ajude à apreciação artística da fotografia.<br />
A fotografia deve ser mantida na sua essência por todos...a cuidadosa escolha do momento do clique, a criteriosa manipulação do ambiente e a desejada inspiração do artista.<br />
Porque, tal como a música, tem a capacidade de nos transportar para outro lugar, e despertar, no nosso imaginário, sons distantes e exóticos, ou próximos e comuns. Porque tem a capacidade de nos arrancar um sorriso, quando nos lembramos do tal momento.<br />
Porque nos faz sentir.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-38869702310972852372011-06-08T23:14:00.000+01:002011-06-08T23:14:11.913+01:00MúsicaAbrindo um conjunto de tópicos que vistam abordar algumas das artes, começo com a arte do som, harmonia e melodia.<br />
Seria muito difícil concebermos um mundo sem música hoje em dia. É algo que nos afasta dos ruídos exteriores que nos chegam do universo citadino,e também emudece os gritos da consciência e do interior que nos atormentam de vez em quando, ou mesmo dia e noite sem cessar.<br />
Marca os passos do caminho, e demarca empatias. Cria laços e afasta os percursos.<br />
Daí ser algo que, ouvindo, não se explica, mas sente-se.<br />
E a energia passa para os outros, numa partilha invisível de sentimentos e emoções que junta pessoas que antes ninguém diria poderem estar lado a lado. <br />
Como um pianista que toca num concerto. Suavemente, ele prime as teclas do piano, enquanto, de olhos fechados, a cabeça esvoaça no meio do nada, navegando ao som da doce melodia que vai entoando. De repente, a cara franze-se, e o corpo desloca-se em frente ao piano acompanhando as mãos frenéticas, que martelam rápida e duramente as teclas!E acaba, com estrondo! Triunfante, levanta-se do banco com um sorriso tímido, afasta o cabelo da testa, dirige-se à plateia e curva-se, numa vénia respeitosa para quem acabou de presenciar um testemunho notável de emoção veiculada por um instrumento completo, capaz de dar corpo e alma à música.<br />
Ou um guitarrista num solo. Com os holofotes a destacá-lo, ele debruça-se sobre a guitarra e aumenta a relação de intimidade entre os dois. Os dedos deslizam ora gentilmente ora com força, num bend inesperado. Um solo de blues...em que um homem revela toda a sua melancolia pelo choro das cordas, intercalado por uma voz rouca e o gemido de um saxofone. Num bend, ele revela toda a sua emoção: ao fazer tremer a corda com os dedos, fecha os olhos, e inclina o corpo e a cabeça todos para trás num gesto brusco, numa tentativa de chegar mais alto para libertar mais e melhor.Mas, num momento, volta ao momento intimista, em que acaba com uma rápida passagem, elucidativa da diversidade que se pode expressar.<br />
Por tudo isto, a música é uma arte que está na moda e nunca é demais valorizá-la, pois é um dos melhores veículos para viajar no tempo.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-3783642745784886412011-05-16T00:59:00.000+01:002011-05-16T00:59:31.813+01:00Um falso dilemaHum...começo a escrever e a sorrir. Não sei bem sobre o que escreverei, mas delego essa tarefa nos meus dedos que teclam suavemente no portátil.<br />
Sorrio porque olho para trás e vejo que sempre fui assim, um corpo estranho no meio de uma sociedade entorpecida e embriagada nos padrões que idealiza, persegue e venera.<br />
Desde pequeno, desde que me conheço que sou alguém que não encaixa em sítio algum.<br />
E faço muito pouco para que essa situação se inverta. No fundo, não sinto essa necessidade.<br />
Observo, vejo e fico a matutar. Há uma dicotomia muito interessante no mundo de hoje.Por um lado, existe a escravidão que a sociedade induz, estimula e empurra para padrões de imagem, estética, orientação política e estilo de vida que são "referências de bem". Por outro lado, está em voga a tendência para a afirmação da personalidade, da individualidade, e da liberdade de expressão ( esta última muito condicionada nos tempos que correm...). Um prato da balança tem o rebanho todo junto, no outro prato estão todos dispersos. Qual é mais funcional? Para mim, é um dilema cuja solução passa por um equilíbrio muito temporário e instável.<br />
E vocês? Partilhem :)Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1232595324521698194.post-45654559735302684062011-05-14T12:52:00.000+01:002011-05-14T12:52:26.679+01:00À beira da janelaÉ para mim um orgulho quando visito este cantinho e leio aquilo que já produzi e deixei exposto.<br />
Já não escrevo tão assiduamente quanto outrora, para não me repetir. Sinto que sou o mesmo pensador de sempre, mas mais equilibrado. A direcção do vento mantém-se, o sabor é mais doce e suave.<br />
Imerso no meu processo evolutivo, tenho pensado e reflectido menos. Também tenho tido menos tempo para tal. Chegou a altura de procurar algo que dê para começar a ganhar experiência séria no mercado de trabalho. Porque o futuro está aí à porta.Migashttp://www.blogger.com/profile/17836439974088356802noreply@blogger.com0