sábado, 4 de fevereiro de 2017

a vivência em comunidade

Cada vez mais tenho menos necessidade de vir aqui escrever. Necessidade, disponibilidade, disposição ou dispositivo, algum deles há de falhar. Não é importante o motivo, mas sim a consequência.
Embrenhado no que é o ritmo frenético do dia-a-dia, do convívio com pessoas diversas e diferentes, é mais difícil ter um momento a sós com o meu lado introspectivo, que é tudo menos um lado lunar.
Que diferenças existem desde há uns meses para cá. A vontade, oportunidade e necessidade de dividir e partilhar espaço e tempo com mais pessoas tem contribuído para estar menos soturno e melancólico, tendo sido uma mudança positiva. Sinto-me a crescer e naturalmente isso traz alguns efeitos secundários menos positivos, as típicas dores de crescimento.
Tenho tentado ser disciplinado e meter o foco no dia-a-dia, ser agradecido pelo que aparece e aproveitar toda e qualquer experiência para aprender e crescer. Este estado mental obriga-me a um papel de observador que permanece suspenso ou afastado da realidade, deleitando-se com detalhes minuciosos e fazendo dos pormenores os aspectos mais importantes. A única certeza que tenho, como sempre, é a passagem do tempo ser inexorável e a existência efémera, mais do que nunca. Por isso gosto tanto da citação de Charles Chaplin que está no início do blog. Vai sempre servir de mote para um dia mais cinzento.

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