sábado, 11 de fevereiro de 2017

um segundo ensaio em menos de um ano - engraçado como a história se repete

Depois da última mensagem um pouco mais apressada, esta já dispõe de um tempo adequada para ser redigida.
A tónica desta publicação incide sobretudo na partilha do espaço e do tempo. A dificuldade inerente a cuidar do nosso eu quando estamos sempre acompanhados. A ausência de momentos a sós torna mais difícil a escuta da criança interior, ela que, normalmente, diz-nos para onde ir, ou, pelo menos, para onde não ir.
Daí continuar a usar este espaço, agora num contexto ligeiramente diferente. Preciso de um sítio para reflectir, sem interferências, já que não vivo sozinho e tento estar com quem gosto de estar sempre que possível. Mas importa sim fazer uma instrospecção para me encontrar, saber quem sou e quem quero ser.
Neste momento, sei que tenho alguns pontos fortes que quero continuar a desenvolver, como capacidades de comunicação de qualidade em seis línguas diferentes, capacidade de empatia superior ao normal, sentido superior de honestidade, compromisso e excelência a nível profissional, capacidade de olhar e maravilhar-me com as coisas do quotidiano como se fossem novidade, enorme capacidade de adaptação e um perfil rico em ideais e optimismo.
A saúde física é um aspecto ao qual me interessa continuar ligado profissionalmente, assim como a componente mental. Talvez não seja alheio a isso o facto de sentir alguma fragilidade a nível físico da minha parte, e tentar trabalhar isso o mais possível.
Gostava de estar sempre ligado a pessoas e até possivelmente ser líder de um projecto na área da saúde a nível transversal, algo que não propalasse soluções imediatas mas sim transformações graduais e duradouras na vida das pessoas, baseado também num regresso às origens enquanto ser humano e sobretudo numa desaceleração deste ritmo frenético que pauta os nossos dias.
Para isso, tenho de melhorar alguns pontos fracos que tenho, como a necessidade de aprovação dos outros, ter ideias mais definidas, alargar o meu mundo em geral, não abdicar das minhas coisas em função dos outros, saber dar e saber receber e não ter medo do primeiro momento de algo diferente, entre outras coisas.
Vou continuar a pensar no que quero para mim e vou orientar a minha vida para isso. Sem medos

PS - olho para a penúltima mensagem antes desta e lembro-me da situação que despoletou essa reflexão. É incrível como a vida é tão volátil e como o investimento no momento presente permite mudar tanta coisa, como foi o caso. Espero não esquecer-me deste ensinamento

sábado, 4 de fevereiro de 2017

a vivência em comunidade

Cada vez mais tenho menos necessidade de vir aqui escrever. Necessidade, disponibilidade, disposição ou dispositivo, algum deles há de falhar. Não é importante o motivo, mas sim a consequência.
Embrenhado no que é o ritmo frenético do dia-a-dia, do convívio com pessoas diversas e diferentes, é mais difícil ter um momento a sós com o meu lado introspectivo, que é tudo menos um lado lunar.
Que diferenças existem desde há uns meses para cá. A vontade, oportunidade e necessidade de dividir e partilhar espaço e tempo com mais pessoas tem contribuído para estar menos soturno e melancólico, tendo sido uma mudança positiva. Sinto-me a crescer e naturalmente isso traz alguns efeitos secundários menos positivos, as típicas dores de crescimento.
Tenho tentado ser disciplinado e meter o foco no dia-a-dia, ser agradecido pelo que aparece e aproveitar toda e qualquer experiência para aprender e crescer. Este estado mental obriga-me a um papel de observador que permanece suspenso ou afastado da realidade, deleitando-se com detalhes minuciosos e fazendo dos pormenores os aspectos mais importantes. A única certeza que tenho, como sempre, é a passagem do tempo ser inexorável e a existência efémera, mais do que nunca. Por isso gosto tanto da citação de Charles Chaplin que está no início do blog. Vai sempre servir de mote para um dia mais cinzento.