terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Voando sobre os Alpes

Iniciei um novo capítulo da minha vida há cerca de sete semanas. A mudança para a Suíça.
Mais uma vez, a vertigem e a atracção fatal de mudar de ambiente, ganhar outras perspectivas e proporcionar experiências de enriquecimento pessoal, a todos os níveis. A sensação de estar cada vez mais apto e preparado para as situações confere uma auto-confiança à qual é quase impossível não ganhar apreço.
O facto de ser um país fora da União Europeia muda o cariz das burocracias. Há muito mais despesas fixas (a obsessão pelos seguros é, de facto, incrível), mas há um salário digno para fazer face a essas despesas. Sobretudo, tenho a sensação de que as coisas funcionam mesmo neste país, o que é algo completamente distinto em relação a Portugal, onde quem quer fazer ou tratar de algo tem sempre inúmeros obstáculos legais e logísticos.
Ao cabo destas semanas, posso fazer um balanço imensamente positivo. Já estou praticamente adaptado, sem oscilações de humor, contente com o país e com as pessoas. Não estou desiludido ou arrependido.
Há várias coisas que me atraem sobremaneira neste território: a diversidade de línguas e culturas é notável (num dia normal de trabalho falo três dos cinco idiomas em que sou versado), a beleza natural da paisagem é inegável, as pessoas são extremamente bem-educadas, estou rodeado de outros países magníficos, há uma enorme cultura de desporto e actividade física e sobretudo, na empresa onde estou, valoriza-se muito a pessoa/empregado. Isso é extremamente importante.
Há outras coisas que não me atraem tanto, mas são sobretudo aspectos inerentes a um povo de um país frio e sujeito a intempéries frequentes. Pessoalmente, acho que fiz muito bem e estou extremamente surpreendido com a minha adaptação. Veremos os próximos desenvolvimentos.

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